Uma comissária de bordo da El Al, a companhia aérea israelita, está em coma depois de ter ficado doente com o sarampo, após fazer um voo de Nova Iorque para Telavive, anunciou o Ministério da Saúde de Israel.
A mulher, de 43 anos, sofreu uma encefalite (inflamação e infeção do cérebro) que pode ser desencadeada pelo vírus do sarampo, segundo disse ao The New York Times Eyal Basson, porta-voz do ministério.
A encefalite afeta uma em cada mil mil pessoas que contraem o vírus do sarampo, mas é mais comum em crianças com menos de 5 anos e adultos com mais de 20. Pode causar dano cerebral permanente, surdez e, até, a morte.
As autoridades de saúde israelitas alertaram os passageiros do voo 002 da El Al - com saída do aeroporto John F. Kennedy a 26 de março e desembarcaram em Israel um dia depois - para estarem atentas aos sintomas e procurarem um médico se tiverem febre.
Os sintomas, que podem incluir também tosse, coriza (inflamação da mucosa nasal), olhos vermelhos, sensibilidade à luz e uma erupção vermelha escura, aparecem entre 10 a 14 dias após a exposição ao sarampo, com uma variação possível de 6 a 21 dias.
As autoridades de saúde israelitas enviaram uma carta às transportadoras aéreas recomendando que todo o pessoal fosse imunizado com duas doses da vacina contra o sarampo. "As companhias aéreas iniciaram a implementação da recomendação", afirmou Eyal Basson. A El Al disse que estava a seguir as diretrizes da tutela sem comentar o caso da hospedeira.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo informou que não rastreia se as companhias aéreas exigem a vacinação contra o sarampo, mas sublinhou que a maioria dos países tem leis que proíbem os empregadores de insistir com os funcionários para receberem imunizações.