25 fevereiro 2017 às 19h15

Há uma nova campanha presidencial para Obama... desta vez em França

"Barack Obama tem o melhor CV do mundo para o emprego", argumentam os autores da petição,

DN

"Oui on peut". É este o slogan de uma campanha que quer "importar" o antigo líder dos Estados Unidos para França e torná-lo presidente francês. Há uma petição online, no site obama2017.fr , para recolher um milhão de "promessas de voto" para convencer Barack Obama a concorrer às eleições presidenciais deste ano.

Segundo o texto que acompanha a iniciativa, os "franceses estão prontos para fazer escolhas radicais" e ainda bem porque é isso que se propõe: lançar a sexta república com um presidente estrangeiro à frente do país. "Oui on peut" é, aliás, a tradução para francês do slogan "yes we can", usado por Obama.

"Barack Obama tem o melhor CV do mundo para o emprego", argumentam os autores da petição, sublinhando que numa altura "em que a França se prepara para votar pela extrema-direita é possível dar uma lição de democracia ao planeta e eleger um presidente francês estrangeiro".

Apesar de até haver alguns cartazes desta "campanha" nas ruas de Paris, Obama não é um cidadão francês e portanto não é uma opção viável como candidato. Os organizadores da campanha, no entanto, sabem-no bem e assumem que é uma piada: em entrevista à NPR, um dos criadores do site, que preferiu não ser identificado, disse que o objetivo é levar as pessoas a pensar sobre o que é preciso mudar na política francesa.

A última sondagem da Opinion Way confirma a tendência dos últimos dias: Marine Le Pen, a líder da Frente Nacional (de extrema-direita) venceria a primeira volta com 26% dos votos, seguida de Emmanuel Macron, o ex-ministro e líder do En Marche!, com 23%. Em terceiro lugar surge o ex-primeiro-ministro François Fillon, com 21%. Este tem vindo a perder terreno devido a um escândalo relacionado com o emprego fictício da mulher, Penelope. Em quarto lugar surge o ex-ministro socialista e candidato oficial da esquerda, Benoît Hamon, com 13%.

Numa segunda volta, Marine Le Pen sairia sempre derrotada, quer o adversário seja Macron, quer seja Fillon.