A Argentina venceu o Brasil (1-0), no duelo mais importante do futebol sul-americano, num particular disputado em Melbourne, na Austrália, que marcou a estreia do selecionador argentino Jorge Sampaoli.
Um golo do central Gabriel Mercado, a fechar a primeira parte (45), numa recarga a um cabeceamento de Otamendi ao poste, foi o suficiente para a Argentina regressar aos triunfos frente ao rival, que não vencia desde 2012.
Nos últimos três jogos, o Brasil venceu um particular em Pequim por 2-0, em 2014, e mais recentemente empatou fora (1-1) e ganhou em casa (3-0) no grupo de qualificação sul-americana para o Mundial2018, liderado pelos 'canarinhos'.
Foi também a primeira derrota de Tite à frente da seleção brasileira, após nove vitórias consecutivas desde que assumiu os destinos do Brasil no final de junho do último ano, com oito vitórias na qualificação para o Mundial e uma num particular.
Em Melbourne, os brasileiros, apesar da derrota, continuaram a mostrar que estão um 'patamar' acima do rival, com o domínio do jogo, melhor entrosamento e mais oportunidades, mas o golo de Mercado 'serviu' perfeitamente os argentinos.
No Brasil, sem Neymar, o ex-benfiquista Ederson esteve no banco, e foi a sua linha atacante, com Coutinho, Willian e Gabriel Jesus, que mais problemas criou à formação orientada por Jorge Sampaoli.
Lionel Messi esteve discreto, com 'pouca bola' para a estrela do FC Barcelona brilhar, ao contrário do trabalho que teve o guarda-redes Romero, em bom plano, num jogo em que o benfiquista Salvio não saiu do banco.
Romero contou também com a sorte, quando aos 63 minutos Gabriel Jesus fez tudo bem, tirando o guardião do caminho, mas viu a bola bater no poste direito, e na recarga Willian atirou ao poste esquerdo.
Recorde-se que no apuramento da CONMEBOL (zona sul-americana) para o Mundial 2018 o Brasil lidera com 33 pontos, a quatro jornadas do final, enquanto a Argentina ocupa o quinto lugar, com 22 pontos, mais dois do que o Equador (6.º) e na posição de acesso a um 'play off'.
BRASIL: Weverton; Fagner (Rafinha), Thiago Silva, Gil e Filipe Luís; Fernandinho, Paulinho e Renato Augusto (Douglas Costa); Willian, Philippe Coutinho e Gabriel Jesus (Taison)
Técnico: Tite
ARGENTINA: Romero; Mercado (Mammana), Otamendi e Maidana; José Gómez (Tagliafico), Biglia, Banega (Lanzini) e Di María (Acuña); Messi, Dybala (Guido Rodríguez) e Higuaín (Correa)
Técnico: Jorge Sampaoli