14 setembro 2018 às 15h12

Diretor de campanha de Trump chega a acordo com a Justiça

Acordo de Paul Manafort com os procuradores pode representar más notícias para Donald Trump, ou para os seus próximos, caso o acordo envolva a investigação à interferência russa.

DN

Paul Manafort, que desempenhou as funções de diretor de campanha de Donald Trump declarou-se culpado de duas acusações criminais na investigação do procurador especial Robert Mueller. O acordo pode vir a desempenhar uma peça central na investigação conduzida por Robert Mueller sobre a interferência russa na campanha presidencial e no alegado conluio com a campanha de Trump.

Manafort estava na famosa reunião de 2016 na Trump Tower, na qual russos fizeram uma oferta de alegados elementos negativos sobre Hillary Clinton.

Manafort declarou-se culpado de uma acusação de conspiração contra os Estados Unidos e de uma acusação de conspiração para obstruir a justiça.

Com este acordo, o advogado livra-se de um segundo julgamento no qual estava acusado de lavagem de dinheiro e de fraude fiscal por não ter registado os milhões de dólares enquanto agente político pró-russo na Ucrânia.

Não se sabe ainda se este acordo inclui a cooperação com as autoridades sobre a interferência russa.

Manafort, de 69 anos, já tinha sido condenado por fraude fiscal e poderá ter uma pena de oito a dez anos de prisão, independentemente deste acordo. No entanto, poderá beneficiar de um perdão presidencial.

No mês passado, Donald Trump elogiou Manafort por recusar um acordo judicial, como o ex-advogado do presidente, Michael Cohen.

"Sinto muito por Paul Manafort e pela sua família maravilhosa (...) Ao contrário de Michael Cohen recusou-se a "ceder" - inventar histórias para ter um "acordo". Grande admiração por este homem corajoso!", escreveu no Twitter.

O advogado trabalhou na campanha de Trump durante cinco meses, três dos quais como diretor.